A rivalidade lendária entre Brasil e Argentina no futebol mundial encontra um de seus reflexos mais intensos na comparação entre Pelé e Maradona. Embora nunca tenham se enfrentado diretamente nos campos, a competição entre esses dois ícones foi amplificada e celebrada por torcedores, como nos cânticos provocativos de ambas as nações.
Em 1977, enquanto Pelé se despedia dos gramados no New York Cosmos, Maradona iniciava sua jornada no futebol profissional com o Argentinos Juniors. Apesar da diferença de idade e experiência, suas histórias se entrelaçaram ao longo dos anos em uma teia de encontros, desavenças, reconciliações e respeito mútuo.
O primeiro encontro entre Pelé e Maradona ocorreu em 1979, quando o brasileiro, já consagrado como o "Rei do Futebol", foi calorosamente recebido pelo jovem argentino, então no início de sua trajetória rumo à glória esportiva. A harmonia inicial foi rapidamente substituída por trocas de críticas e farpas nos anos seguintes.
Pelé frequentemente apontava os vícios e polêmicas de Maradona, enquanto o argentino não hesitava em lançar comentários ácidos sobre seu colega brasileiro. Anos de desavenças culminaram em um momento icônico de reconciliação em 2016, em um evento realizado em Paris, onde os dois craques selaram a paz em um gesto simbólico de união.
Mesmo com a reconciliação, a rivalidade entre as torcidas de ambos os jogadores continuou viva, manifestando-se em músicas provocativas e lembranças eternas. Quando Maradona nos deixou em 2020, Pelé prestou sua homenagem nas redes sociais, destacando a perda de um amigo e uma lenda do esporte, expressando o desejo de um reencontro no céu através da bola.
Pelé, tricampeão mundial com o Brasil em 1958, 1962 e 1970, e Maradona, ícone do título argentino em 1986, deixaram marcas profundas na história do futebol. Com estatísticas impressionantes em jogos internacionais, ambos brilharam em diferentes clubes ao redor do mundo, consolidando seus legados mesmo com estilos e posições distintas em campo.
Ambos os jogadores foram reconhecidos pela Fifa como "Jogadores do Século" em 2000, um testemunho da grandeza e impacto duradouro que Pelé e Maradona tiveram no esporte globalmente.
